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Postado em 19 de Novembro às 08h00

Pé diabético: pequenas feridas, grandes cuidados

O diabetes é uma doença que exige atenção constante e cuidados diários. Entre as complicações mais comuns e perigosas está o pé diabético, uma condição que pode começar com uma simples ferida, mas evoluir rapidamente para infecções graves se não for tratada corretamente.
O que é o pé diabético?
O pé diabético é o conjunto de alterações que podem ocorrer nos pés de pessoas com diabetes, causadas principalmente pela má circulação sanguínea e pela perda de sensibilidade nos nervos (neuropatia diabética). Quando isso acontece, pequenas lesões ? como bolhas, calos ou rachaduras ? podem passar despercebidas e se transformar em feridas mais sérias.
Por que ele exige tanta atenção?
O grande risco está no fato de que o paciente muitas vezes não sente dor. Isso faz com que feridas simples sejam negligenciadas, permitindo o avanço de infecções. Em casos mais graves, pode haver comprometimento de tecidos, ossos e até necessidade de amputação.
Além disso, o diabetes compromete o processo de cicatrização, o que significa que qualquer machucado no pé pode demorar muito mais tempo para sarar.
Como prevenir complicações
A prevenção é o melhor tratamento. Algumas medidas simples e eficazes podem reduzir consideravelmente os riscos:
1. Examine os pés diariamente: observe se há bolhas, vermelhidão, cortes ou alterações na pele e nas unhas.

2. Use calçados adequados: sapatos confortáveis, fechados e que não apertem ajudam a evitar ferimentos.

3. Mantenha a glicemia controlada: o controle do açúcar no sangue é essencial para a boa circulação e cicatrização.

4. Hidrate bem a pele: evite ressecamento e rachaduras, mas nunca aplique creme entre os dedos.

5. Procure atendimento ao menor sinal de ferida: quanto antes o tratamento começar, menores as chances de complicação.
Tratamento e acompanhamento médico
O tratamento do pé diabético deve ser sempre multidisciplinar, envolvendo o ortopedista, endocrinologista, fisioterapeuta e, em alguns casos, cirurgião vascular.
O papel do ortopedista é essencial na avaliação das estruturas ósseas e articulares, prevenção de deformidades e orientação sobre calçados e palmilhas personalizadas.
Quando há feridas abertas, o acompanhamento deve ser feito com curativos adequados, controle rigoroso da glicemia e, se necessário, o uso de antibióticos.
Conclusão
Cuidar dos pés é cuidar da qualidade de vida. O pé diabético não surge de um dia para o outro, ele é resultado de pequenos descuidos que, com o tempo, ganham proporções sérias.
Se você tem diabetes, inclua o exame dos pés na sua rotina diária e consulte regularmente seu médico. Pequenas atitudes hoje podem evitar grandes complicações amanhã. ????

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